Febre aftosa: o que você precisa saber para proteger o rebanho
por Raíssa Guimarães | 18 de novembro de 2020
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Estamos no mês da segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa na maioria dos estados brasileiros, e vale lembrar que obter informações sobre o assunto nunca é demais.
A febre aftosa é uma doença animal infecciosa aguda, com alto índice de contágio e que causa grandes perdas econômicas para os produtores. Apesar da campanha de vacinação ser voltada para os bovinos e bubalinos, ela ataca também ovinos, suínos, caprinos e alguns animais selvagens.
Se você tem alguma dúvida sobre a febre aftosa e quer saber mais sobre como proteger o seu rebanho da doença, continue com a gente neste artigo.
A doença foi detectada pela primeira vez na Itália, em 1514. No Brasil, o primeiro registro aconteceu em 1985, no Triângulo Mineiro, através de animais vindos da Europa.
O Ministério da Agricultura promove ações desde 1934, quando foi publicado o regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal.
Já instruções específicas para o seu controle, que incluíam a vacinação, foram definidas em 1950, e as campanhas organizadas tiveram início em 1965.
A febre aftosa é causada por um vírus que possui sete tipos diferentes (O, A, C, SAT 1, SAT 2, SAT 3 e Ásia 1).
O vírus está presente em grande quantidade no tecido que reveste e no fluido das vesículas. Ele pode ser encontrado também na saliva, no leite e nas fezes dos animais infectados.
Os animais contraem o vírus por contato direto com outros animais infectados, ou por alimentos e objetos contaminados. A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros objetos.
Além disso, roupas, calçados e mãos de pessoas que lidam com animais doentes também podem ser transmissores.
A contaminação da febre aftosa para seres humanos é muito rara e não representa risco à saúde. Além disso, ela não é transmitida pelo consumo de carne, leite e derivados.
Alguns pouquíssimos casos de feridas nas mãos e outros sintomas leves foram relatados em seres humanos que lidavam de forma muito próxima com os animais infectados.
Os sintomas mais comuns são aftas na boca ou nos pés, porém isso pode variar um pouco de acordo com cada subespécie. Confira:
O Brasil vem caminhando para a erradicação da doença, onde a última ocorrência da febre aftosa aconteceu em 2006 no Mato Grosso do Sul.
Por conta disso, já na campanha de 2019, aconteceu uma reformulação em que a dose da vacina, que era de 5 ml por animal, passou a ser de 2 ml. Por determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também foi retirada da composição a cepa do vírus C, já erradicado no país.
Além disso, é importante lembrar que a vacina deve ser adquirida apenas em locais autorizados como a Central Veterinária, e a não aplicação e comprovação acarreta em multa e suspensão da comercialização dos produtos.
Cuide do seu rebanho e mantenha o Brasil livre da febre aftosa.
Fontes: Canal Rural ; INDEA MT; gov.br
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