Importância da doação sanguínea de pets para a medicina veterinária

por Raíssa Guimarães | 26 de agosto de 2021

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Assim como na medicina humana, a doação de sangue também tem um enorme valor para a saúde dos animais e pode, inclusive, salvar vidas! Todavia, a prática ainda é pouco conhecida entre os tutores, e isso pode acabar afetando a oferta em bancos de sangue de hospitais veterinários. 

Transfusões de sangue não são utilizadas apenas no tratamento de animais anêmicos ou que estejam com doenças que possam levar à anemia. São essenciais também para a realização de qualquer procedimento cirúrgico, assim como em acidentes, traumas e doenças autoimunes.

Por isso, é importante que os médicos veterinários expliquem o processo e incentivem os tutores a realizar a doação de sangue! Ah, lembrando sempre que a doação não traz perigos para os animais, pois só é realizada após rigorosos exames que comprovem que o pet doador está com a saúde em dia.

Fonte: Segs / via Pinterest

Como funciona o processo de doação?

Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que é um procedimento rápido, e que deve ser feito sempre por um médico veterinário profissional! Em alguns casos, é necessário que o animal seja levemente sedado, para que permaneça tranquilo e quietinho durante toda a doação. Se isso acontecer, o veterinário colocará um acesso venoso no pet, evitando que ocorra coagulação. O animal deve estar em jejum por, pelo menos, 4 horas antes da doação, e o ato pode ser realizado a cada 3 meses, visando a recuperação e o bem-estar do pet.

Além disso, a doação é indolor, e não oferece nenhum efeito colateral para os animais. Assim como os humanos, os pets podem ficar mais fraquinhos nas primeiras 24 horas após a doação, mas é algo comum e passageiro. É preciso lembrar também que gatos não podem doar sangue para cachorros, pois os tipos sanguíneos são diferentes!

Fonte: The Pet Project / via Pinterest

Quais exames devem ser realizados para saber se o pet está apto a doar?

Para garantir a saúde do animal, comumente são realizados exames como hemograma e sorologias, a fim de descartar problemas de saúde e confirmar que o pet pode ser um doador de sangue.

Ademais, é realizada a tipagem sanguínea, para identificar qual o tipo de sangue do pet. No caso dos cães, existem até 13 tipagens diferentes, enquanto os gatos possuem três tipos sanguíneos.

Critérios para que o animal possa ser um doador

Cães
  • Ter entre 1 e 8 anos;
  • Peso mínimo de 27 kg;
  • Temperamento dócil e calmo;
  • Vacinação e vermifugação em dia;
  • Em controle de pulgas e carrapatos;
  • Não possuir doenças ou transfusões prévias;
  • Em caso de fêmeas, ela não pode estar em período de gestação.
Gatos
  • Ter entre 1 e 7 anos;
  • Peso mínimo de 4 kg;
  • Temperamento dócil e calmo;
  • Vacinação e vermifugação em dia;
  • Em controle de pulgas e carrapatos;
  • Não possuir doenças ou transfusões prévias;
  • Em caso de fêmeas, ela não pode estar em período de gestação.

Duração do processo e quantidade doada

Para a doação de sangue realizada em cachorros, o processo costuma durar cerca de 15 minutos, e a quantidade doada pode chegar a 450 ml. No caso dos gatos, o procedimento pode levar até 20 minutos, e serão retirados até 60 ml de sangue. Ao fim da doação, o pet pode receber alguns petiscos para se alegrar, pelo bom comportamento durante o processo e para já ajudar a fortalecer seu corpo.

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Se você é médico veterinário, incentive os tutores de animais que possam ser aptos a doar! E, se você é um tutor, procure saber mais sobre como realizar a doação de sangue de pets em sua cidade! Faça o bem para outro bichinho hoje mesmo, da mesma maneira que iria querer que fizessem pelo seu.

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Fonte: Vet Quality/SP; Hemovet/SP.

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